Reunião do BCE afunda setor bancário, incerteza e ansiedade

Setembro 09, 2021 22:58

 

Esta semana, a atenção dos mercados está voltada para a reunião de hoje do Banco Central Europeu, após o avolumar das preocupações sobre a recuperação económica terem aumentado incessantemente nas últimas horas.

Nas últimas semanas, temos assistido a uma deterioração da economia global, refletida por uma queda na confiança do investidor alemão, conforme discutimos na nossa análise na terça-feira, que mais uma vez demonstra a dependência da economia nas medidas implementadas pelos bancos centrais.

O mercado espera que o Banco Central Europeu siga o exemplo da Reserva Federal, confirmando que poderá começar a encerrar o programa de compra de dívida soberana até ao final do ano. Não se espera que Christine Lagarde dê um passo em frente e confirme a data de início, já que após os dados negativos de desemprego da semana passada nos Estados Unidos, isto possa ainda estar muito longe.

Concretamente, os EUA criaram 235 mil empregos em Agosto em comparação com os 665 mil esperados, e se tivermos em consideração que o PIB preliminar dos EUA para o segundo trimestre foi pior do que o esperado (6,6% face a 6,7%), parece razoável estimar que o anúncio quanto ao início da retirada dos estímulos seja adiado até Novembro.

O principal receio do mercado é que esta decisão da Reserva Federal ou do Banco Central Europeu seja tomada precipitadamente. A retirada do estímulo na presença de dados macroeconómicos que não sejam totalmente positivos, e sem ter a pandemia totalmente sob controlo, poderá causar correções bruscas nos principais índices do mercado de ações.

Na sessão de ontem, um dos setores mais atingidos por esta incerteza foi sem dúvida o setor bancário, onde assistimos a quedas generalizadas, com quedas de 2,31%, 1,31%, 0,46% e 1,53% para o Banco Santander, BBVA, Deutsche Bank e BNP Paribas respectivamente.

Após as quedas de ontem, o Banco Santander retornou ao seu importante nível de suporte(faixa vermelha) na área próxima da sua média móvel de 200 sessões(a vermelho). Esta média móvel atua como seu principal suporte desde a última ocasião em que o preço se acercou desta no final de Janeiro, após a qual deu início a uma movimentação ascendente que perdeu em Julho, dando entrada no seu presente intervalo lateral.

Caso esta incerteza persista, esta correção poderá prolongar-se e a perda deste importante nível de suporte poderá desencadear uma forte movimentação descendente, cujo primeiro "destino" seria o intervalo de 2,75/2,85€ por título.

Não devemos ter esperança de uma nova impulsão ascendente enquanto a cotação não se mostrar capaz de ultrapassar a sua linha de tendência descendente a médio prazo, iniciada em Junho depois de atingir o máximo anual, a cerca de 3,5€ por ação.

Fonte: Plataforma MetaTrader5 da Admirals. Gráfico diário Santander. Intervalos de dados: 17 de Junho de 2019 a 8 de Setembro de 2021. Gráfico elaborado a 8 de Setembro. Tenha em atenção que retornos passados não são garantia de retornos futuros.

Evolução do preço ao longo dos últimos 5 anos:

  • 2020: -28.99% 
  • 2019: -6.12% 
  • 2018: -27.04% 
  • 2017: 13% 
  • 2016: 9.91% 

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Este material não contém e não deverá ser interpretado como aconselhamento financeiro, recomendação, oferta ou solicitação para quaisquer transações de instrumentos financeiros. Por favor, note que esta análise de negociações não é um indicador confiável de desempenho presente ou futuro, uma vez que as circunstâncias podem mudar ao longo do tempo. Antes de tomar decisões de investimentos, deverá procurar aconselhamento através de consultores financeiros independentes para garantir que compreende os riscos.

Roberto Rojas
Roberto Rojas Analista Financeiro, Admirals Espanha

Roberto é Analista Financeiro com certificado de European Financial Advisor. Em 2013 graduou-se como Expert Manager em Ações com Derivativos nas Bolsas de Valores e Mercados Espanhóis. Trabalha na Admirals desde 2013.