RBNZ corta taxas de juros e analistas preveem novos cortes
O Banco Central da Nova Zelândia (RBNZ) cortou sua taxa de juros oficial (OCR) em 50 pontos base, conforme esperado. Como resultado, o dólar neozelandês atingiu a cotação mais baixa em dois meses em relação ao dólar americano, pois investidores e traders veem que o RBNZ estaria disposto a flexibilizar ainda mais sua política monetária.
Índice
RBNZ Reduz Taxas de Juros
O conselho de governadores do RBNZ decidiu cortar sua taxa de referência em 50 pontos base, em linha com as expectativas do mercado. Esta foi a segunda vez consecutiva que o banco central reduziu seus custos de empréstimos. Em sua declaração pós-reunião, o RBNZ afirmou que "avalia que a inflação anual ao consumidor está dentro da meta de 1 a 3 por cento e convergindo para o ponto médio de 2 por cento."
Economistas da Moody’s Analytics disseram à Reuters que “de modo geral, a reunião de outubro reforça a postura dovish do banco e indica que não há sinais claros de desaceleração em novembro. Com a inflação dentro da meta e o mercado de trabalho frágil, o RBNZ reduzirá as taxas de forma mais rápida.” Os analistas do ANZ concordam com essa visão, mencionando que “não houve nada nos comentários de hoje que desencorajasse o mercado de continuar precificando um novo corte de 50 pontos base em novembro como o resultado mais provável.”
Relatório do CPI dos EUA - Setembro de 2024
O Departamento do Trabalho dos EUA deve divulgar dados sobre a inflação dos preços ao consumidor em setembro. Economistas projetam que a inflação geral chegue a 2,3% numa base anualizada, caindo dos 2,5% registrados em agosto. A inflação subjacente deverá se manter estável em 3,2% numa base anual. Se a inflação geral atender às expectativas, este será o menor valor registrado desde fevereiro de 2021.
Os economistas ainda analisam o forte relatório de Nonfarm Payrolls de sexta-feira, enquanto aguardam também a divulgação das atas do Federal Open Market Committee prevista para hoje. Economistas do ING escreveram em seu relatório que “o mercado já ajustou cerca de 30 pontos base no ciclo de flexibilização do Fed em 2024 nas últimas semanas, mas igualmente duvidamos que os investidores estejam dispostos a reavaliar um ciclo de flexibilização agressiva da Fed neste momento.”
Comentários do Banco Mundial Sobre a Economia Chinesa
Os economistas do Banco Mundial preveem que o crescimento do PIB da China pode cair para 4,3% em 2025, contra 4,8% em 2024. As medidas de estímulo anunciadas no início do mês pelas autoridades chinesas aumentaram a previsão para 2024 em 0,3%, mas a estimativa para 2025 permaneceu inalterada.
O relatório do Banco Mundial mencionou que o plano de estímulo provavelmente ajudará o lado da oferta, mas não fortalecerá a demanda dos consumidores. Seus analistas sugeriram que o fraco consumo, o mercado imobiliário instável e o envelhecimento da população são desafios potenciais para a economia chinesa, acrescentando que reformas estruturais precisam ser implementadas para garantir um crescimento sustentável a longo prazo.
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